7 de dez. de 2014

O poeta

 

O poeta

 
Talvez o amor não nasça para todos
talvez seja como o vento que sobra sem direção
o Pai Celestial por que me fizeste amar?
 
Colocas-te em mim versos
carinhos e sonhos de um amor que não existe
e nem nunca vai existir.
 
Se soubesse que amar seria assim
preferiria nascer sem o dom
de escrever em meus versos o amor.
 
Manifesto no verso um amor sem igual
que tem como dom amar seu par
que tem como sina apenas e somente saber amar.
 
Engano-me na realidade um amor igual
Pai celeste, por que me ensinou a amar?
Se na verdade é triste o coração do poeta
que somente em versos encontra a felicidade.
 
Desconheço a dor no verso
que em prosa se faz menos dolorosa
e encantando quem a escuta
não imagina a dor do poeta.
 
Por mais que tamanho dom
traga a graça do verso
a dor fica no coração
de quem ama escrevendo,
pobre poeta.
 
Sahmara Malheiros But


2 de dez. de 2014

Colocando na balança

 

 

Colocando na balança

 
To tentando aprender
a fazer a diferença
em ver as coisas
ao teu modo de pensar.
 
Algumas vezes é difícil
em outras é impossível
e as vezes penso que vai doer
posso até não conseguir.
 
Me vi obrigada a aceitar
aceitar coisas que nunca imaginei
aceitar modos que não aceitei de mim
aceitar viver pensando em outrem.
 
Penso no quanto posso aguentar
no quanto posso suportar
no quanto posso te amar
no quanto tudo isso vale apena.
 
Vejo velhas fotos
releio velhas mensagens
revivo grandes e pequenos momentos
não deixo nada passar.
 
Consigo aprender
um pouco a cada dia
sim, de vagar
mas vou até o fim.
 
Por mais difícil
que pareça ser
tens tido paciência
de comigo compreender.
 
Aceito coisas
como tu tem aceitado de mim
aceitado meu jeito louco
aceitado como eu sou.
 
No quanto eu posso te amar
no quanto tu me ama
no quanto isso é grande
no quanto vale apena.
 
Novas fotos
novas mensagens
novos momentos
nós não vamos deixar passar.
 
Sahmara Malheiros But


Silêncio

 

silêncio

 

quando enfim meu silencio
preencher teus ouvidos
tu sentira a falta do som
que poucas palavras minhas tinham
 
quando enfim se silenciar
todas as notas de minha procura
que teu ruído a noite fazia
quem sabe também se sentira vazia
 
quando enfim tuas palavras
baterem nos ecos de teu chamado
no silencio final
pode encontrar as respostas
que em gritos procurou
 
quando enfim o silencio
for rei absoluto
em tua vida movimenta
nas baladas procurar um só som
se depara com o vazio do meu silencio
 
perceberá
que o silencio agora percebido
notado sem nenhum som
foi minha voz enfim
enegrecida por amor
 
Sahmara Malheiros But
 
 


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