O poeta
Talvez o amor não nasça para todos
talvez seja como o vento que sobra sem direção
o Pai Celestial por que me fizeste amar?
Colocas-te em mim versos
carinhos e sonhos de um amor que não existe
e nem nunca vai existir.
Se soubesse que amar seria assim
preferiria nascer sem o dom
de escrever em meus versos o amor.
Manifesto no verso um amor sem igual
que tem como dom amar seu par
que tem como sina apenas e somente saber amar.
Engano-me na realidade um amor igual
Pai celeste, por que me ensinou a amar?
Se na verdade é triste o coração do poeta
que somente em versos encontra a felicidade.
Desconheço a dor no verso
que em prosa se faz menos dolorosa
e encantando quem a escuta
não imagina a dor do poeta.
Por mais que tamanho dom
traga a graça do verso
a dor fica no coração
de quem ama escrevendo,
pobre poeta.
Sahmara Malheiros But